22/04/2013

A PERFEITA UNIÃO DE AMOR ENTRE JESUS E MARIA!
A maior parte dos cristãos, mesmo os mais instruídos, desconhecem a ligação imprescindível que existe entre Jesus e sua Mãe Santíssima!
Jesus está sempre com Maria, e Maria sempre com ele, não poderia ser doutro modo, pois senão  Ela deixaria de ser o que é,  e de tal maneira está Ela transformada em Cristo pela graça, que já não vive, já não existe: É Jesus, que vive e reina n’Ela, mais perfeitamente do que em todos os Anjos e bem aventurados.  Ah! se conhecêssemos a glória e o amor que Cristo recebe nesta admirável criatura, bem diferentes seriam os nossos sentimentos a respeito d’Ela. 
Maria está tão intimamente unida a Jesus, que mais fácil seria separar o sol da luz, e do fogo o calor; digo mais: com mais facilidade se separariam de Jesus os anjos e os santos, do que a divina Mãe, pois que Ela o ama com mais ardor e o glorifica com mais perfeição que todas as outras criaturas juntas! Belíssimo ensinamento do célebre São Luís Maria Grignion de Montfort.
É triste e lamentável ver a ignorância e as trevas em que jazem todos os homens na Terra, a respeito de Maria Santíssima!
Não falo dos idólatras e pagãos, que, não conhecendo o Senhor, também não se importam de conhecer a ela; nem falo dos hereges e cismáticos, que não têm intenção de ser devotos de nossa Mãe Santíssima, pois estão separados de Cristo e de Vossa Santíssima Igreja, falo, porém, dos cristãos católicos, e mesmo de doutores entre os católicos!
Muitos aprendem as verdades a respeito d’Ela, mas de um modo especulativo, seco, estéril e indiferente.
É um conhecimento meramente especulativo, pois não há neles um amor vivo, uma atitude concreta que corresponda àquela convicção. Pelo contrário, tudo permanece etéreo, seco e subjetivo demais...
Esses conhecimentos não geram neles nem piedade, nem amor, nem entusiasmo
E, com a mesma indiferença com que um técnico, baseado em tabelas, fala a respeito da composição química dos anéis de saturno, assim falam eles a respeito de Nossa Senhora e dos seus privilégios. 
Essa maneira estéril de pregar a devoção a Nossa Senhora não contagia ninguém, nem produz frutos apostólicos de qualquer espécie.  
A vida interior das almas por elas formadas não deixa transparecer uma devoção a Nossa Senhora correspondente ao que a Igreja ensina. Portanto, os desvios do passado são muito parecidos com os de hoje. 
Uma devoção a Nossa Senhora com calor, comunicativa, ardente, fecunda, é muito raro encontrar...
Assim, por exemplo, entrando numa igreja, encontramos com certa freqüência pessoas instruídas na Religião, rezando diante do Santíssimo Sacramento. Mas se formos procurá-las diante de uma imagem de Nossa Senhora, rarissimamente as encontraremos. Tem-se a impressão de que, para eles, o culto das imagens é uma espécie de utensílio para a piedade mais primitiva dos fiéis, uma coisa superficial ou para analfabetos. Por isso, em geral, entra-se numa igreja e se vai rezar diante do Santíssimo Sacramento; diante de uma imagem de Nossa Senhora, isso é cada vez mais raro!

A verdade, porém, é inteiramente outra. De fato, o objeto principal de nosso culto numa igreja é o Santíssimo Sacramento. Mas se quisermos cultuá-Lo bem, é excelente que passemos por uma imagem de Nossa Senhora, pedindo a Ela as forças e as graças para fazermos diante de Nosso Senhor um minuto de adoração bem feita.
Não se deve falar de Nossa Senhora de modo oco e romanceado, mas, como fez São Luís, de modo afetuoso, forte e persuasivo. Afetuoso e forte, isto é, que atinge a vontade; persuasivo, que atinge a inteligência. Nossa devoção à Virgem Santíssima deve basear-se em coisas que atinjam a inteligência, e não consistir apenas em sentimentalismos e coisas adocicadas.
São Luis de Montfort denuncia um trabalho sistemático contra Nossa Senhora, feito dentro da Igreja. Mostra que havia, no passado ( e no presente!), pessoas desprovidas de sincera devoção para com Nosso Senhor, que tinham como principal preocupação destruir a devoção à Virgem Santíssima.
São as palavras de São Luís Grignion de Montfort:
“Ó meu amável Jesus, será que essa gente possui o vosso Espírito? Será possível que Vos agradem, agindo desse modo? Poderá alguém agradar-vos, sem fazer todos os esforços para agradar a Maria, por medo de vos desagradar? A devoção à Vossa Mãe impede a vossa? Atribuirá Ela a si as honras que lhe damos? Formará Ela um partido diferente do Vosso? É Ela, acaso, uma estrangeira sem a menor ligação convosco? É desagradar-Vos, querer agradar-lhe? Separamo-nos, talvez, ou nos afastamos de vosso amor, se nos damos a Ela e a amamos?”
Sendo Nossa Senhora o “Espelho de Justiça” (Speculum Justitiæ), amando-a, admirando-a e reverenciando-a, estaremos amando, admirando e reverenciando a própria Justiça, ou seja, a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Por que ser mais especialmente escravo d’Ela? São Luís Grignion nos sugere uma comparação popular muito significativa: Num reino absoluto – uma monarquia oriental, por exemplo – todos são, de certo modo, escravos do rei; mas ele pode ter certos escravos mais especialmente a serviço da rainha; são escravos que ele dá para que a rainha mande neles mais particularmente. 
Assim acontece também na Igreja Católica e no universo. Sendo todos os homens escravos de Deus por natureza ou por conquista, e também, de algum modo, escravos por natureza de Nossa Senhora, é possível a alguns oferecerem-se mais especialmente para servi-La, para glorificá-La, para serem Seus escravos e combaterem por Ela.

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