08/03/2011

A BELEZA DE MARIA - O SEGREDO DOS CORAÇÕES!
A verdadeira beleza é a beleza da alma, é a virtude. Ora, a virtude é o que existe de verdadeiro e bom; portanto, fora dela, tudo é mentira ou erro. 
Deus, que quis fazer de Maria uma "arrebatadora dos corações", como diz S.Bernardo, devia dar-lhe ainda este encanto, este atrativo, a fim de que todos os corações se abrissem à Sua presença e se sentissem cativos desta pura e inefável beleza.
 Inteligência profunda, coração incomparável, espírito superior e tudo o que encerra a beleza moral, aliado ao que a beleza física tem de mais expressivo e mais atraente, não era este o apanágio e auréola sagrada da pura e imaculada Mãe de Jesus?...
Sim, havia harmonia perfeita entre as luminosas perfeições interiores e sua expressão e reflexo visível no exterior. 
Como é bela a alma imaculada de Maria, passando através do corpo, irradiando-se nos traços de Seu rosto, como um raio de sol través da folhagem das árvores, pois Deus, na Sua industriosa sabedoria, quis que a nossa carne, por vil e grosseira que seja, tivesse, entretanto, esta glória de se deixar penetrar pelo espírito.
Nela Deus prepara aberturas secretas pelas quais a alma vem à luz!
Que pureza encontramos nós na Virgem e, portanto, que beleza!
Sua beleza era mais divina que humana.
Os sentimentos que Ela inspirava às almas deviam ser celestes.
Ela tinha a virtude da beleza!
O grande S. Dionísio Areopagita, tendo estado à presença da Santíssima Virgem, ficou de tal modo deslumbrado pelo esplendor da beleza e da majestade que resplandeciam de Seu rosto, que caiu por terra.
A respeito desta consideração, exclama Santo Anselmo: "Ó Virgem santa, Vossa beleza é tão rara que se diria não terdes sido criada, senão para deslumbrar os corações daqueles que contempláveis. Ó Virgem admirável e admiravelmente única!"

São Bernardo vai ainda além e diz que "a beleza da Santíssima Virgem, tanto da alma como do corpo, é tão grande, que chegou a cativar a afeição do Rei da glória".

Santo Agostinho, enfim, exclama com admiração: "Ó Maria, depois do celeste Esposo, sois toda beleza e toda agradável, toda glória, sem mácula, ornada de toda beleza e enriquecida de toda santidade".
Portanto, Ela era bela, possuindo todos os encantos da natureza e da graça. Tudo o proclama!
Aliás, todas aquelas criaturas que A figuraram na Bíblia eram amáveis e fortes. Ela própria devia ser o símbolo de todos os encantos e de todos os esplendores da virgindade, da humildade e da força.
"Não há dúvida alguma, diz Santo Alberto Magno, que, assim como o Seu divino Filho era o mais belo dos filhos dos homens, Maria tenha sido a mais bela das filhas de Eva. Ela era dotada de toda a beleza de que é suscetível um corpo mortal".
A beleza, já o  dissemos, é a chave dos corações!
Oh! possa a celestial beleza da Virgem Maria fazer impressão sobre o nosso coração, abri-lo todo à dedicação e à inteira veemência de amor que deve suscitar a Sua beleza e a Sua graça.
Santo Epifânio diz que Maria tinha uma estatura um pouco acima da mediana. A Sua face, de forma oval, era de notável fineza e de perfeita simetria em Seus traços.
Aliás, convinha à Santíssima Virgem possuir tão excelente beleza, como já o dissemos, pois Ela devia comunicar ao Seu divino Filho, não somente a natureza corporal, mas também os traços do Seu semblante, e isto de um modo muito mais inefável do que o fazem as outras mães a seus filhos, porque só Ela devia cooperar para a formação do corpo de Seu Filho.

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